No último episódio do videocast “Sexoterapia”, apresentado por Bárbara dos Anjos e Ana Canosa, a atriz Fernanda Nobre, (a Bia de “Malhação”) compartilhou suas experiências no relacionamento aberto com o diretor José Roberto Jardim, seu marido há mais de uma década.
Fernanda Nobre enfatizou sua devoção à paixão que nutre por José. Apesar de nem sempre estarem felizes ou apaixonados o tempo todo, eles escolhem estar juntos e nutrir o amor constantemente.
A atriz mencionou um momento recente em que se sentiu ainda mais apaixonada pelo marido, sem nenhum motivo específico. Mesmo em uma vida normal e uma rotina comum, ela percebeu um aumento na paixão.
No início do relacionamento, Fernanda admitiu ser um pouco monótona e obcecada, como é comum quando se está profundamente apaixonada. A atriz compartilhou que sentia a necessidade de rotular o relacionamento, mas percebeu com o tempo que esses rótulos são muitas vezes limitantes. Sua desconstrução ocorreu ao lado do marido, à medida que ambos questionaram as relações de gênero e os padrões opressores.
A sexóloga Ana Canosa refletiu sobre as palavras de Fernanda, destacando a importância de colocar as relações em um formato que funcione para cada indivíduo. Ela mencionou que desconstruir os rótulos é um processo desafiador, mas pode levar a relacionamentos mais livres.
Fernanda revelou que, até usa o termo “marido”, mas que ele não tem mais o peso hierárquico que costumava ter.
Ambas concordaram sobre a importância do diálogo constante, da generosidade e do autoconhecimento para construir relacionamentos saudáveis.
Fernanda também compartilhou como ela e José decidiram abrir seu relacionamento após lerem sobre as origens da monogamia e perceberem como ela era baseada em controle e propriedade. Eles escolheram criar suas próprias regras e formatos, adaptando-os conforme suas experiências.
A sexóloga Ana Canosa enfatizou a diferença entre paixão e amor. Ela mencionou que a paixão é explosiva e pode nos levar a fazer coisas que não faríamos normalmente, enquanto o amor envolve cuidado e bem-estar mútuo.
Fernanda comentou sobre a pressão que as mulheres enfrentam em relação ao amor romântico, destacando como a sociedade muitas vezes vê as mulheres solteiras como fracassadas. Ana complementou, mencionando que os homens também têm dificuldades em lidar com a paixão, pois isso vai contra a referência tradicional de masculinidade.
Em relação às pequenas paixões que surgem frequentemente, Ana acredita que elas podem servir como distração para preencher vazios existenciais.