Muitos entram em relacionamentos com ideias preconcebidas e expectativas de como ele deve se desenvolver.. Para a maioria, significa apaixonar-se, namorar, casar, ter filhos, comprar uma casa e depois trabalhar incansavelmente para sustentar o sistema capitalista que nos oprime. Mesmo quando as pessoas não estão interessadas em certos aspectos dessa trajetória, elas ainda têm uma ideia e tomam algumas decisões sobre quais comportamentos permitirão e quando, ou como interpretarão certos “sinais” dados a elas por outras pessoas com base nessa ideia. Mas essa ideia não é nossa, ela nos é alimentada pela norma.
A Anarquia Relacional propõe que nos libertemos dessas pressuposições, permitindo que cada pessoa se desenvolva organicamente, sem forçar compromissos. Creio que essa ideia de que temos direito sobre outras pessoas vem dessas expectativas. Muitos omicishet acreditam que têm direito ao afeto de uma mulher se mostrarem qualquer sinal de que não são (tão) babacas. São os mesmos homens que têm ataque de raiva quando levam um não.
É importante trabalhar em si, questionar o que é importante nos relacionamentos e o que nos faz trás segurança. Ao encontrar essas respostas, podemos estabelecer valores fundamentais que serão aplicados a todos, sem privilégios especiais para certas pessoas que ocupam certos rankings em uma hierarquia relacional. Em vez disso, todos – seus amigos, amantes, familiares, relacionamentos longos e encontros casuais – são tratados de acordo com os valores que você incorpora e, portanto, todos são tratados de forma justa.
Ter metas e aspirações futuras não é um problema. Mas elas são autênticas? você quem as deseja ou a sociedade quem te disse pra desejar? Se desejamos ter filhos, podemos seguir em frente, mas talvez devamos questionar a necessidade de um cônjuge para isso. O casamento é uma opção, afinal, dá direitos, mas a coabitação com essa pessoa é realmente necessária? Por que não casar com uma pessoa e morar com outra?
É importante fazer esse exercício e questionar os movimentos que fazemos. Só assim saberemos se estamos no controle ou se estamos nos movendo pela vida no piloto automático, que segue o GPS programado pela norma